Abayomi – Coletiva de Mulheres Negras na Paraíba Uncategorized Estão abertas as inscrições para a Agenda Coletiva da 13ª edição do Julho das Pretas 

Estão abertas as inscrições para a Agenda Coletiva da 13ª edição do Julho das Pretas 


Este ano, o Julho traz como tema: “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”, em sintonia com o processo de mobilização da 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras 

A 13ª edição do Julho das Pretas já está em construção. Em 2025, o mês de luta e celebração da força política das mulheres negras no Brasil, América Latina, Caribe e Diáspora Africana, segue com o tema “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”, em sintonia com o processo de mobilização da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, que acontecerá em 25 de novembro, em Brasília (DF).

Desde o ano passado, esse tema tem orientado a construção política da agenda do Julho das Pretas, reafirmando a centralidade e urgência do debate sobre da Reparação Histórica e do Bem Viver como pilares de um novo projeto de sociedade.

Organizado pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), a Rede de Mulheres Negras do Nordeste e a Rede Fulanas – Negras da Amazônia Brasileira, o Julho das Pretas realiza uma agenda coletiva com centenas de atividades que acontecem nos mais diversos setores da sociedade, em todo país. 

Para Vinólia Andrade, coordenadora executiva da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), a Marcha representa um marco na trajetória coletiva do movimento.

“Estamos em marcha pelas mulheres negras que vieram antes de nós! Que enfrentaram opressões sem ter a chance de erguer o grito por Reparação e Bem Viver. E também por nós, que hoje gritamos, resistimos e reivindicamos a Reparação e o Bem Viver como direitos inegociáveis, a serem conquistados agora”, afirma Vinólia. 

Terlucia Silva, ativista da Rede de Mulheres Negras do Nordeste, explica que a agenda anual coletiva das mulheres negras assume um papel estratégico, especialmente em ano onde acontecerá a segunda marcha nacional. “ É uma agenda altamente estratégica. Penso que, este ano, veremos muitas marchas acontecendo pelo país durante o mês, marchas que podemos considerar como pré-marchas ou preparatórias para a segunda marcha nacional. A relevância do Julho das Pretas, em um ano como este, está no poder que essa agenda tem de mobilizar mulheres em diferentes localidades, em todo o Brasil.”

Maria das Dores do Rosário, a Durica, ativista do Instituto de Mulheres Negras do Amapá (Imena), conta que o Julho das Pretas, “em poucas palavras, representa o mês da mulher negra brasileira, o mês da visibilidade da mulher negra. Significa dizer, não é possível voltar atrás, através de uma arte de atividades realizadas em todos os estados da região do Brasil por entidades negras. Por entidades do movimento de mulheres negras e do movimento negro”.

As inscrições para compor a agenda coletiva do Julho das Pretas 2025 já estão abertas e seguem até o dia 9 de junho. Podem ser inscritas atividades como rodas de conversa, festivais, exposições, ciclos de formação política, seminários e marchas, que estejam alinhadas com o tema da edição e com os princípios da luta contra o racismo patriarcal.

Podem se inscrever organizações e coletivos de mulheres negras, movimentos negros, instituições de ensino, grupos de pesquisa, associações trabalhistas, grupos de empreendedoras negras, empreendedoras negras individuais, professoras e estudantes. Propostas de autarquias, partidos políticos e empresas privadas não serão consideradas.

SOBRE O JULHO

Criado em 2013 pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, a ação de incidência política é inspirada no Dia Internacional da Mulher Negra Afro-Latino-Americana e Caribenha, comemorado no dia 25 de julho. 

O Julho das Pretas é a expressão da força ancestral e coletiva das mulheres negras, que seguem denunciando desigualdades, construindo alternativas e marchando rumo à reparação e ao Bem Viver.
Inscreva sua atividade até 9 de junho e faça parte dessa mobilização histórica clicando aqui.

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